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  Dia 15 – BAR DO GIBA                           A cerveja mais gelada e o pernil mais delicioso de São Paulo.             Com essas palavras, nossos novos amigos despertaram nossa curiosidade.             Foi em Monte Verde que nos conhecemos, mas descobrimos que somos praticamente vizinhos. Dois casais agradabilíssimos e divertidos que moram no mesmo prédio e a apenas a algumas quadras do nosso apartamento.             — É um boteco, nada chique, nada de mais. Mas a cerveja vem estupidamente gelada e o pernil é imperdível.               O tão famoso pernil só é feito às quintas-feiras e apenas uma vez. Se você chegar tarde, pode não conseguir mais saborear tão famoso prato.             A ideia era irmos todos juntos para que eles nos apresentassem ao bar do qual eram frequentadores assíduos. Porém, como São Paulo é uma cidade de desencontros, decidimos não aguardar por um encontro que poderia demorar meses ou até mesmo anos para acontecer.             Assim, embar
  Dia 14 – DEMOISELLE                   Ulalá. Esse foi o dia do bistrô francês Demoiselle. Pouquíssimas mesas. Se for em turma, melhor reservar. Pequeno, aconchegante, romântico, atendimento impecável e os pratos dignos da fama da gastronomia francesa. Fiquei encantada.             O restaurante usa como parte da decoração quadrinhos, livros e fotografias. Volumes do Asterix intercalados entre histórias de Santos Dumont e fotografias de dirigíveis. No teto, uma réplica do 14 Bis.             Chegamos cedo, como sempre, de forma que foi possível escolher uma mesinha encantadora ao lado da janela. O restaurante ainda estava vazio, mas em pouco tempo estaria lotado.             A simpática garçonete nos trouxe uma garrafa de água. Daquelas lindas de vidro que tem jeito de um passado sofisticado. E como não poderia deixar de ser, pedimos duas taças de vinho francês. De entrada, escolhemos Gratin de Saint-Jacques: vieiras gratinadas com cogumelo paris. O manjar veio em um
  Dia 13 – MUSEO VERÓNICA                             Restaurante tipicamente espanhol. Imediatamente me senti na Espanha, mais precisamente na Galícia.             Logo na entrada, havia um homem de preto, parado à porta.             — Boa noite – dissemos.             — Boa noite – respondeu sem nenhum sorriso e sem mesmo abrir a porta para que entrássemos.             Abrimos a porta e, então, ele perguntou:             — Duas pessoas? Mesas do cento ou do canto direito.             Tudo isso sem um único sorriso. A voz grave e soturna.             Escolhemos uma das mesas do canto.             O homem que estava à porta deixou um cartão de QR-Code na mesa e se foi.             O outro garçom também era bastante sério. Na verdade, dava um pouco de medo, até.             Sim, estávamos verdadeiramente na Espanha.             Cada país tem sua cultura típica e, como brasileiros, acreditamos sempre que todos serão alegres, gentis, acolhedores como temos