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Mostrando postagens de março, 2024
  Dia 14 – DEMOISELLE                   Ulalá. Esse foi o dia do bistrô francês Demoiselle. Pouquíssimas mesas. Se for em turma, melhor reservar. Pequeno, aconchegante, romântico, atendimento impecável e os pratos dignos da fama da gastronomia francesa. Fiquei encantada.             O restaurante usa como parte da decoração quadrinhos, livros e fotografias. Volumes do Asterix intercalados entre histórias de Santos Dumont e fotografias de dirigíveis. No teto, uma réplica do 14 Bis.             Chegamos cedo, como sempre, de forma que foi possível escolher uma mesinha encantadora ao lado da janela. O restaurante ainda estava vazio, mas em pouco tempo estaria lotado.             A simpática garçonete nos trouxe uma garrafa de água. Daquelas lindas de vidro que tem jeito de um passado sofisticado. E como não poderia deixar de ser, pedimos duas taças de vinho francês. De entrada, escolhemos Gratin de Saint-Jacques: vieiras gratinadas com cogumelo paris. O manjar veio em um
  Dia 13 – MUSEO VERÓNICA                             Restaurante tipicamente espanhol. Imediatamente me senti na Espanha, mais precisamente na Galícia.             Logo na entrada, havia um homem de preto, parado à porta.             — Boa noite – dissemos.             — Boa noite – respondeu sem nenhum sorriso e sem mesmo abrir a porta para que entrássemos.             Abrimos a porta e, então, ele perguntou:             — Duas pessoas? Mesas do cento ou do canto direito.             Tudo isso sem um único sorriso. A voz grave e soturna.             Escolhemos uma das mesas do canto.             O homem que estava à porta deixou um cartão de QR-Code na mesa e se foi.             O outro garçom também era bastante sério. Na verdade, dava um pouco de medo, até.             Sim, estávamos verdadeiramente na Espanha.             Cada país tem sua cultura típica e, como brasileiros, acreditamos sempre que todos serão alegres, gentis, acolhedores como temos
  Dia 12 – SAKEUMI                   Com viagem marcada para o Japão, era só disso que falávamos. Comecei a aprender algumas palavras básicas japonesas, líamos regras de etiqueta, tentávamos fazer uma verdadeira imersão naquela cultura tão diferente e fascinante.             Assim, quando o próximo restaurante escolhido foi um japonês, fiquei bastante entusiasmada. Adoro comida japonesa, mas dessa vez meus sentidos estavam mais aguçados, minha expectativa pulsando freneticamente.             O restaurante, com uma entrada simpática e despretensiosa, era pequeno e extremamente acolhedor. De cara já me apaixonei pelo mimo da decoração e da arrumação das mesas.             Primeira regra: nunca fale alto.             Isso, para mim, é praticamente impossível quando estou agindo naturalmente. Vou precisar me policiar o tempo todo em que estiver no Japão.             Já entrei no restaurante elogiando, com minha voz potente, as lindas mesinhas e escolhendo uma pequena, n