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Mostrando postagens de fevereiro, 2024
  Dia 4 – Taverna Medieval                   Essa noite, voltamos ao passado. Um passado, diga-se de passagem, sombrio. Por isso é que gosto tanto de lugares temáticos. Você pode simular uma experiência única sem os perigos reais daquela época ou daquele lugar.             Da mesma forma, com filmes de suspenses e terror, eu posso extravasar toda a minha adrenalina sabendo que, no fundo, não corro nenhum risco. E isso é catártico, libertador. Para mim, é claro.             O restaurante medieval possui vários ambientes. Na última sala, tem um barco viking gigante. Na sala de baixo tem uma passagem secreta para os toilettes que só se abria do jeito que víamos nos filmes. A sala em que ficamos tinha todo o ambiente sinistro dos castelos e igrejas medievais.             Lembrei-me do filme “O nome da Rosa” e da casa de chá “As noviças”.             Os atendentes foram especialmente simpáticos, sugerindo que enquanto nossos pedidos não chegassem fôssemos conhecer o lugar,
  Dia 3 – Fuego Celeste                 Clima quente, muito quente. Meu coração frio. Poodle preto, fêmea, problema renal. Foram 16 anos de amor incondicional, anjo na terra, perda irreparável. Mas a morte chega para todos, anjos ou humanos. E, como sempre, nos traz a mesma batida reflexão: vamos aproveitar a vida, porque nunca se sabe.             Com muita tristeza, mas seguidos por esse raciocínio em uma tentativa de nos consolar, fomos para a Parrillada Fuego Celeste.             Mais uma vez, em Moema. Mais uma vez caminhamos até o nosso destino.             A moça que nos recebeu e nos levou até a mesa não foi particularmente simpática nem antipática. Apenas eficiente. Mas nossa garçonete, a Jacki, era realmente um amor.   Cabelos caramelados emoldurando seu rosto dourado, trazia um sorriso e uma leveza desde a entrega dos cardápios até a chegada da conta.             Para começar, já pedimos um litro da cerveja uruguaia recomendada. Além do calor sufocante, preci
  Dia 2 – Cantón                 Chuva fina e persistente, digna da cidade de São Paulo. Felizmente a temperatura baixou e, embora sair debaixo de chuva também não seja muito agradável, pelo menos não corremos o risco de pegar insolação.             Protegidos por uma sombrinha espaçosa, caminhamos de braços dados, fugindo das poças e apreciando as ruas tranquilas de Moema. Os pingos da garoa batucavam no guarda-chuva melodicamente, tornando a caminhada tranquila e agradável, apesar do céu convidativo para um dia dentro de casa.             O restaurante fica ao lado de uma padaria, o que nos pareceu, a princípio, um pouco esquisito. Porém, assim que entramos já fomos seduzidos pelo ambiente exótico e decoração oriental. No teto, um enorme dragão pendia sobre a nossa cabeça e diversas lanternas chinesas coloridas nos remetiam à Ásia.             A gastronomia, porém, combinava os sabores da China com o Peru. Sim, um restaurante Chino-peruano ou, como anunciava uma placa,