Dia 5 – Le Tuscani
A princípio íamos em outro restaurante. Meu marido fez a reserva e recebeu a confirmação, tudo automático, tudo online. Ótimo. Nada como a tecnologia para facilitar a nossa vida, não é mesmo?
Chegamos uns 15 minutos antes do horário da reserva e o restaurante ainda não estava aberto. Decidimos passar o tempo caminhando por ali mesmo. Gostamos de passear a pé, devagar, conversando, estimulando os músculos e o apetite.
Faltando uns 5 minutos para às 19h30, horário da nossa reserva, o restaurante continuava fechado. Pior, olhamos pelas janelas e não havia nenhuma mesa arrumada. Estranho. Mas meu marido recebeu um e-mail confirmando nosso pedido. Tudo automático, online, tecnológico. Uma maravilha da atualidade.
Caminhamos mais um pouco e finalmente tivemos que nos render ao óbvio. O restaurante estava fechado e não iria abrir. O gerente responsável se esqueceu de avisar ao robô que o estabelecimento estaria em recesso de fim de ano.
Ah, as facilidades da tecnologia...
Tudo bem. Sem perder a esportiva, procuramos outro lugar para jantar. Assim, chegamos ao Le Tuscani, restaurante italiano com vinhos da Grand Cru, em Moema. Sim, Moema tem variedades infinitas de bons restaurantes. E o melhor de tudo: deixamos o carro em casa e fomos a pé. Já havíamos caminhado o suficiente para abrir o apetite, mas na volta faríamos a digestão.
Havia a possibilidade de jantarmos na varanda, na sala principal ou na sala dos fundos. Ficamos na sala principal, com mesas rodeadas por todos os lados de vinhos acomodados em prateleiras, do chão até o teto. Cada prateleira dividia as bebidas por região. Vinhos chilenos, argentinos, franceses, americanos e, claro, brasileiros.
Fomos gentilmente atendidos por Octavio que se mostrou também um ótimo fotógrafo. Só mesmo um excelente fotógrafo para me deixar bem em uma fotografia.
Conversamos um pouco sobre nomes romanos e seus significados. Octavio, em latim, significa o oitavo. Historicamente, esse nome era utilizado como um título honorífico para indicar o oitavo filho de uma família. Tornou-se muito popular na Roma antiga por estar associado ao imperador Otavio Augusto que, por sua vez, significa sagrado, elevado.
Mas basta de desvios históricos. Vamos ao que interessa.
Meu prato foi o de camarões gigantes com pupunha e molho de alho. Meu marido pediu o risoto de funghi. Ambos estavam maravilhosos e eram muito bem servidos. Recusamos a entrada e desistimos da sobremesa, com o intuito de voltarmos em outra ocasião para experimentá-las.
Obviamente nossa refeição foi regada a um excelente vinho tinto e a caminhada de volta foi um passeio nas nuvens.
Tentando escapar de ser clichê, eu poderia falar “se a vida te der uvas, faça um delicioso vinho”, mas isso não faria muito sentido, não é mesmo? Então, vamos ao tradicional limão transformado em limonada. Pelo menos foi isso que fizemos naquela noite.
Quanto ao outro restaurante, quem sabe um dia...
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